Durante o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização para prevenção do câncer de mama, um dado chama a atenção dos profissionais de saúde ocupacional e de segurança do trabalho: 5,13% de todos os diagnósticos da doença no Brasil estão relacionados à exposição de mulheres a agentes cancerígenos em sua atividade laboral.
De acordo com as estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o controle ou a eliminação dos agentes cancerígenos no ambiente de trabalho evitaria pelo menos 3,4 mil casos da doença a cada ano. A previsão do instituto é de que o país registre, até 2022, mais de 66,2 mil caos da doença.
Atividades de maior risco
No mapeamento realizado pelo INCA, mulheres que atuam em atividades ligadas à radiologia, agricultura ou em plantões noturnos estão mais suscetíveis ao câncer de mama. Tratam-se de ocupações em que há contato com agentes como os raios X e gama, o óxido de etileno e agrotóxicos organoclorados. Entre as áreas de maior risco estão:
Radiologia
Esterilização de materiais médico-cirúrgicos e hospitalares
Esterilização industrial de produtos farmacêuticos e veterinários, de alimentos, de especiarias e de ração animal
Carregamento e distribuição de óxido de etileno
Produção e aplicação de agrotóxicos organoclorados
Fabricação de transformadores elétricos
Reparos elétricos (eletricistas)
Elaboração de aditivos para plasticantes, tintas e adesivos
Atividades noturnas
Segundo o INCA, a redução da incidência de câncer de mama decorrente do trabalho depende - além da conscientização sobre os riscos da doença - da atuação das empresas na adoção de medidas que controlem ou reduzam a exposição excessiva aos agentes.
13% dos casos são evitáveis com hábitos saudáveis
Conforme a pesquisa divulgada na abertura da campanha Outubro Rosa deste ano, a redução de fatores de risco relacionados ao estilo de vida por parte da população poderia ter evitado o surgimento de cerca de 8 mil casos de câncer de mama no Brasil e geraria uma economia de mais de R$ 100 milhões gastos com o tratamento da doença em 2020.
Isso representa 13% de todos os diagnósticos, mas a pesquisa também trouxe dados positivos, como a redução do percentual de mulheres entre 50 e 69 anos que nunca fizeram mamografia.
Em 2013, este índice era de 31,5% e em 2019 caiu para 24,9%.
Como fazer para prevenir o câncer de mama
Não fume
Mantenha uma alimentação saudável para se proteger do câncer
Controle seu peso
Pratique atividades físicas
Se tiver filhos, amamente
Entre 50 e 69 anos , realize o exame preventivo a cada 2 anos
Vacine-se contra a hepatite B
Evite o consumo de bebidas alcoólicas e de carne processada
Neste Outubro Rosa, vale destacar a responsabilidade das empresas nesta campanha. E a Asonet Ocupacional se alia aos esforços para conscientizar a população sobre o câncer de mama, especialmente sobre a importância da prevenção, tanto por meio da adoção de hábitos saudáveis quanto pelo diagnóstico precoce.
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