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Foto do escritorJuliana Colognesi

Outubro rosa: saúde da mulher é negligenciada na maioria dos ambientes de trabalho

Atualizado: 23 de out. de 2020


Ao longo dos anos a campanha contra o câncer de mama cresceu e se tornou o principal foco de debate do mês de outubro. Muitas empresas passaram a apoiar o tema mas, buscando ir além de iluminar monumentos e distribuir camisetas, o que mais as organizações poderiam estar fazendo? A campanha do Outubro Rosa traz uma importante discussão sobre a saúde da mulher e podemos evoluir a conversa para além do câncer de mama. Ao menos essa é a proposta da Asonet para a campanha deste ano.


Outubro Rosa e a Saúde da Mulher


O Outubro Rosa começou nos Estados Unidos, nos anos 90. O Congresso Americano oficializou a importância diante do tema e, desde então, o assunto está ganhando cada dia mais relevância. Temos que admitir que aqui no Brasil as organizações estão empenhadas na divulgação do Outubro Rosa, e a área de medicina do trabalho é uma das grandes responsáveis pela visibilidade do tema. Mas, será que não está na hora de ampliarmos o leque de discussões e falar de saúde da mulher de maneira mais abrangente?


Por exemplo, um tema que precisa ser visto com mais carinho pela saúde ocupacional é o fato de mulheres serem o grupo mais afetado pelo estresse e esgotamento emocional, conhecido como Síndrome de Burnout. Um artigo publicado no The New York Times analisou mais de 183 estudos científicos sobre o tema, o resultado apontou que as mulheres são mais atingidas do que os homens pela síndrome de burnout. Existe por parte das empresas a expectativa de que as mulheres realizem tarefas que não estão descritas em suas funções e cargos. Essa sobrecarga de trabalho e pressão gera cada vez mais estresse e, consequentemente, o cenário leva ao esgotamento emocional.


Se a saúde mental é um dos assuntos mais urgentes, a qualidade de vida está logo na sequência de temas que merecem atenção. Infelizmente as mulheres ainda acumulam duas ou mais jornadas por dia. Depois de trabalhar oito horas, elas precisam cuidar da casa e dos filhos e em alguns casos ainda estudam. Com tantos afazeres e tão pouca ajuda, elas acumulam funções e acabam tendo sua qualidade de vida afetada.


A princípio, esse pode não parecer um problema para a organização. Mas, muitas pesquisas já demonstraram que a qualidade de vida tem impacto na produtividade e criatividade de performance no trabalho. Portanto, a saúde ocupacional deveria olhar para o tema com atenção e buscar uma solução para o problema.


Por fim, mas não menos importante, as mulheres merecem passar pela gestação e licença maternidade com tranquilidade e saúde. A área de medicina do trabalho deveria incentivar um acompanhamento pré-natal para assegurar o desenvolvimento saudável da gestação. Esse acompanhamento pode, inclusive, abordar aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. Nesse sentido, a opção por não ter filhos também deve ser respeitada. Nesses casos a organização deve ter uma abordagem livre de preconceitos e crenças, preservando sempre a individualidade da mulher e seu direito de escolha.


Vamos ampliar o debate?


O outubro rosa é uma campanha que começou para falar sobre a prevenção ao câncer de mama. Mas, podemos estender suas aplicações e se tornar algo muito maior. Cabe a todos nós tornar o ambiente de trabalho um local mais saudável e produtivo para nossas profissionais. Entre em contato com a Asonet e crie um plano de gestão de saúde do tamanho que a sua empresa precisa. Contato: https://www.asonet.com.br/contato


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