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Cuidados para prevenir o adoecimento mental dos trabalhadores

Atualizado: 8 de out. de 2020

A rotina de trabalho desgasta qualquer um não é ? Mas você sabia que de 2012 a 2016, cerca de 55.387 mil trabalhadores se afastaram do seu trabalho devido a algum tipo de adoecimento ? E esta é uma questão em que as empresas cada vez mais precisam dar total atenção.

O afastamento ocasionado por uma doença do trabalho ocorre quando o trabalhador fica doente e esta enfermidade está relacionada a sua atividade laboral. Atualmente os casos de adoecimento que mais crescem são aqueles relacionados ao psicológico dos trabalhadores. Para você ter uma noção, dos 55.387 mil trabalhadores afastados que mencionamos acima, 27.619 mil casos são ocasionados por doenças como depressão e ansiedade. Os números assustam. Os dados fazem parte do Observatório Digital, uma iniciativa de cooperação internacional entre o Ministério Público do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Causas frequentes de adoecimento mental

Dentre as causas do adoecimento mental estão:

  1. Cargas de trabalho excessivas;

  2. Exigências contraditórias;

  3. Falta de clareza na definição das funções;

  4. Má gestão de mudanças organizacionais;

  5. Insegurança laboral;

  6. Comunicação ineficaz;

  7. Falta de apoio da parte de chefias e colegas;

  8. Falta de participação do trabalhador na tomada de decisões que lhe afetam diretamente e de controle sobre a forma como ele executa o trabalho;

  9. Assédio psicológico ou sexual no ambiente de trabalho.

  10. Violência de terceiros.

Estas ações levam o trabalhador a desencadear doenças como depressão e transtorno de ansiedade. Além delas, pode ocorrer o desencadeamento de esquizofrenia, transtornos psicóticos não orgânicos e os transtornos mentais e comportamentais resultantes do uso de drogas e álcool.

Como prevenir? 

O auditor-fiscal Jeferson Seidler, assistente técnico do Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho (DSST) do Ministério do Trabalho diz que o empregador precisa estar envolvido para que o ambiente de trabalho não represente um risco. “Depende do empregador fazer uma análise completa e minuciosa e adotar medidas de controle, em especial aquelas pertinentes ao ritmo de trabalho e às metas adequadas, ou seja, alcançáveis”, observa.

Ele afirma também que é essencial investir em iniciativas como:

  1. Treinamentos para líderes e também os colaboradores, com foco em melhorar o relacionamento interpessoal;

  2. Iniciativas para redução do estresse como ginástica laboral, pausas e atividades de relaxamento;

  3. Alimentação saudável;

  4. Lazer e cultura nos momentos de folga;

  5. Equipe de apoio para orientação, diagnóstico e tratamento precoces;

“O adoecimento mental é menos frequente quando o trabalhador se sente respeitado como ser humano, quando percebe que o trabalho é bem organizado, as metas são justas e os relacionamentos, respeitosos, enfim, quando se convence de que os esforços para a melhora contínua do ambiente do trabalho são sinceros e efetivos e não apenas retórica”, enfatiza o auditor-fiscal.

Claro, que o colaborador também pode contribuir para ter uma rotina mais saudável. Seidler recomenda que o profissional observe se em sua rotina estão presentes algum dos fatores de risco citados no início deste artigo ou se algum colega de trabalho passa por problemas. É essencial que comunique o empregador ou os membros da CIPA, por escrito, solicitando análise dos fatores de risco, verificar se o empregador disponibiliza ações preventivas e, em caso afirmativo, a aderir às atividades propostas. Caso sinta que algo não está correto me seu estado mental, procure ajuda imediatamente.

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