Durante o verão, umas das cenas mais clássicas dentro dos escritórios é a de colegas de trabalho brigando pela temperatura do ar-condicionado. Há quem goste do ambiente completamente refrigerado. E aqueles que não suportam o frio e são obrigados a usar casaco mesmo no verão. Uma coisa é fato. Quando o assunto é a temperatura do ambiente de trabalho é difícil encontrar alguém que seja neutro nessa disputa pelo controle do ar.
Apesar de ser um assunto polêmico e muitas vezes parecer uma rixa entre colegas é muito importante que o tema seja acompanhado de perto por um médico do trabalho. Afinal, o conforto térmico é algo que influencia no desempenho, na produtividade dos colaboradores e na saúde e segurança de toda equipe.
Nos últimos cinco anos o Brasil registrou níveis recordes de temperatura. Com a chegada do verão o assunto ganha destaque e traz para a discussão os parâmetros oficiais estabelecidos pela NR17.
O que diz a Norma Regulamentadora NR17?
Segundo o Ministério do Trabalho, para ambientes onde são executadas atividades intelectuais, como laboratórios, escritórios, análise de projetos, salas de desenvolvimento e salas de reunião, a temperatura recomendada é de 20º a 30º graus, com umidade relativa superior a 40%. Já a ISO 9241 recomenda que a temperatura esteja entre 20º e 24º graus no verão e 23º e 26º no inverno.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Cornell nos Estados Unidos mostrou que o ritmo de trabalho das equipes fica mais lento quando a temperatura está em 21ºC do que quando está 24ºC. Porém, a produtividade aumenta se a temperatura cair para 18ºC. A conclusão da pesquisa é que agradar todo mundo é impossível. Portanto, 24ºC é a temperatura mais próxima do neutro em termos de manter o desempenho e não gerar conflitos.
Como o conforto térmico influencia a produtividade?
O conforto térmico para realizar as atividades laborais faz parte dos direitos básicos do trabalhador. A regulamentação garante que a empresa seja capaz de promover um ambiente seguro e confortável para todos os funcionários. Isso inclui regular a temperatura do ambiente de trabalho.
A julgar pelas disputas recorrentes pelo controle do ar-condicionado sabe-se que conforto térmico é algo relativo. Cada pessoa reage de uma forma quando exposta ao calor. Mas, trabalhar por longas horas em um ambiente abafado e quente pode levar a tontura, diminuição da pressão arterial, sudorese, problemas respiratórios e até desmaios. Nessas circunstâncias é comum os funcionários se queixarem de cansaço e ficarem irritados. Isso causa uma queda de produtividade de aproximadamente 30% e também um cenário propício para que erros sejam cometidos, aconteçam atrasos nas entregas e perda de desempenho das equipes..
Um ambiente de trabalho com temperatura agradável é capaz de promover maior bem-estar, garante a qualidade do trabalho e aumenta o desempenho dos funcionários.
Como controlar a temperatura do ambiente de trabalho?
Utilizar a ventilação natural é um recurso muito positivo e pouco utilizado pelas empresas. Manter as janelas abertas não só ajuda regular naturalmente a temperatura como também ajuda a circulação do ar, a não proliferação de doenças e evita as disputas e discussões internas. Mas, nem todo escritório tem a opção de abrir as janelas e, nesses casos, o ar-condicionado é a melhor ferramenta para manter a temperatura controlada.
Fixar uma temperatura média, promover manutenções regulares ao sistema de ar e conversar com a equipe explicando sobre os parâmetros exigidos em lei são as melhores soluções para reduzir as disputas e tornar a temperatura do ambiente de trabalho algo agradável para todos.
Nesse verão aprenda a climatizar os ambientes de acordo com a NR17! Procure a ASONET e descubra como podemos te ajudar.
Este artigo foi escrito por Juliana Colognesi
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